segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

NOVOS POLÍTICOS - PARTE 1

POLÍTICA – Parte 1

(Sem generalizar)

Em tempos de crise política surge a figura do novo político.

Apresenta-se como “terceira via”, o clichê do momento.

Quer mudar tudo e todos, prometendo enxugar a máquina administrativa.

No seu mandato, o cabide não existirá; extinguirá com rapidez o famoso armário.

Divisão de “salários”, verbas e gratificações não são bem-vindas.

Caixa 2 para campanha? Nunca!

Afinal de contas, tudo deve ser diferente.

Corrupção, mensalão, mensalinho? Nem pensar. Aqui é preto no branco. Tudo com nota e recibo.

Licitações combinadas e fraudulentas? Não! Aqui pensamos na boa administração.

Ótimo!...

Se fosse verdade.

São apenas novas peças do mesmo jogo.

Diz: “Essa turma que está no poder só sabe mamar! Urgh!”

Na verdade, deveria dizer:
“Eu quero é a minha turma mamando”

Exato. Correto.

Que tal a verdadeira mudança? Difícil?!

Se não é honesto no trato diário, será honesto no Poder?

O cargo terá o poder de torná-lo honesto?

E os amigos patrocinadores, terão cargos e privilégios?

Não?

Por quê?

Ora, não passa de mais um novo político, pronto para roubar e deixar roubar.

E agora, o que faremos?


OS: O texto não tem a pretensão de generalizar.
POEMA EM LINHA RETA 

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.









terça-feira, 11 de agosto de 2015

11 de agosto - "A advocacia não é a profissão de covardes"




Foi no dia 11 de agosto de 1827 que D. Pedro I criou os dois primeiros curso de Direito (Ciências Jurídicas e Sociais) no Brasil, sendo um em Olinda e outro em São Paulo.

Por isso, no dia de hoje é comemorado o Dia do Advogado.

E para homenagear a classe, da qual tenho a alegria e gratidão a Deus de poder participar, saúdo todos os advogados na memória do ilustre e inesquecível Dr. Heráclito Fontoura Sobral Pinto, ou simplesmente Dr. Sobral Pinto. 

Advogado com o dom da fala, era católico fervoroso e, mesmo assim, defendeu os comunistas na época de ferro. Luiz Carlos Prestes sempre declarou ser grato ao Dr. Sobral por ter salvado a sua filha, Anita Leocádia Prestes, das mãos nazistas da época.

Na defesa do alemão Berger, invocou a "Lei de Proteções aos Animais" para exigir o mínimo de respeito à pessoa do preso.

É de Sobral a célebre frase: "A advocacia não é a profissão de covardes". Pela sua biografia, jamais será esquecido; temos o dever de sempre carregar o exemplo de vida do ilustre advogado em nossas memórias e atitudes, pautando a vida profissional na ética, moral e coragem. 

Parabéns aos advogados. 

Avante!




segunda-feira, 10 de agosto de 2015




Em muitas tarefas sou à moda antiga. Em outras, tento ser moderno à moda antiga. Esquisito, não?!

Pois bem, até meses atrás eu era teimoso e guardava (ou tentava guardar) os compromissos, recados, números de processos etc. na memória. Não preciso nem dizer que era constantemente traído no ofício.

Busquei, então, uma maneira de solucionar o problema. Nos tempos atuais, o smartphone tem vários aplicativos para que o indivíduo possa agendar compromisso e ser lembrado no dia, ou minutos antes. Além disso, é possível ter bloquinho de anotações de inúmeras páginas no celular; mas sou à moda antiga, como já disse, e não consegui me adaptar. Foi então que comecei a escrever tudo no meu caderninho de anotações, que carrego sempre comigo. Assim, não me esqueço das “coisas” e posso usar minhas canetas preferidas (em breve, artigo sobre canetas).

Curiosamente, semanas atrás assisti à entrevista do técnico de futebol do São Paulo, o colombiano Juan Carlos Osorio, que tem o hábito de durante o jogo anotar tudo em seu caderninho para no intervalo do jogo mostrar os erros aos jogadores. Questionado, disse que aprendeu essa “mania” com o pai, que sempre ensinava: “é melhor ter um lápis curto do que a memória larga”.

Muitos escritores também têm o hábito de carregar cadernos no bolso ou até na bolsa. Assim, quando surge a ideia, a inspiração, é possível anotar e depois, com calma, trabalhar e alinhavar o anotado.

Pastores, expositores, palestrantes, professores também utilizam esse macete para não perderem a linha de raciocínio.

Até mesmo nas investigações da “Operação Lava Jato”, da Polícia Federal, que tem prendido executivos e políticos, surgiram alguns caderninhos com anotações comprometedoras de corrupção. Muitas anotações com apelidos e valores ($) foram encontrados.


Para finalizar, digo que a experiência com os caderninhos tem sido excelente. Dificilmente esqueço compromissos, telefones, nomes de autores e livros etc. Fica a dica simples, útil e barata.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Livro, minha mania.

Prezados leitores,

Confesso a mania (para não dizer vício) de comprar livros. Por mês, compro entre oito e dez livros.

Gosto de ler sobre direito, política, religião, história em geral, poemas, biografias etc., sem deixar de lado alguns assuntos que envolvem psicologia e língua portuguesa. O incentivo da leitura veio dos meus pais, sendo meu pai advogado, e minha mãe professora de português.

Para tanto, visito, quase que diariamente, sítios eletrônicos de livrarias e sebos, sempre em busca de lançamentos e promoções.

De 2008 pra cá, tenho tido boas experiências no Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br), página que reúne mais de 1.000 sebos de todo o país. Lá consigo encontrar livros que não são mais editados e comercializados pelas livrarias e editoras, além de encontrar algumas raridades. Outra página legal é Livronauta (www.livronauta.com.br), que segue a mesma linha da Estante. O sistema de compra é bem fácil e o envio é rápido.

Mesmo assim, não deixo de frequentar bons sebos, principalmente os da cidade de São Paulo/SP, na região da Sé e Liberdade. 

Também não deixo de ir até as livrarias, como por exemplo: Saraiva, Cultura, Livraria da Vila, entre outras. Nelas, invisto facilmente de duas a três horas consultando os livros.

Impressiona-me, cada vez mais, a quantidade de livro lançada por mês. Simples acesso nas páginas das editoras e livrarias já comprova o que digo. Talvez reflexo dos tempos hipermodernos (Gilles Lipovetsky).

Aproveito para dizer que ainda não consegui me acostumar com os livros digitais. Ainda prefiro os físicos. Nada como folhear, grifar, anotar, enfim, ter intimidade com o livro. Mesmo com os aparelhos lançados especificamente para leitura, fica difícil eu me habituar.

Lamento que as redes sociais (e nada contra elas) forçam a maioria das pessoas a abandonar qualquer tipo de leitura e fiquem, cada vez mais, com os olhos em Facebook, Instagram, Whatsapp etc. E para piorar, o Brasil não faz questão de formar leitores, fruto da falta de incentivo de muitos professores e do sistema arcaico de ensino. 

Ultimamente, o que tem alavancado a venda de livros é a moda do "livro de colorir para adulto", que tomou conta das prateleiras das livrarias e até das bancas, mas que pouco contribui para o hábito saudável de leitura.

Além disso, as novas edições das obras consagradas "O Pequeno Príncipe" e "Alice no País das Maravilhas" também contribuíram para as vendas, sendo interessante no sentido de despertar nos jovens a busca pelos clássicos da literatura, deixando de lado as obras da moda.

Com tudo o que escrevi, caros leitores, quero deixar registrado o meu propósito de incentivar a leitura e a compra de livros. Que todas as casas tenham sua biblioteca. Assim, o Brasil será um país mais educado, letrado, instruído.

Avante!

Jouber Turolla.











Bem vindos!

Bem vindos, leitores.

Criei o blog para postar minhas ideias, pensamentos, além de informações e notícias em geral.

Gosto dos assuntos: direito, política, história em geral, biografias, curiosidades etc.

Espero que gostem.

Agradeço pela visita.